sábado, 28 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Hidrovia do Lago de Furnas é assunto da revista SUPPERE.
Tabagismo: hábito ou suicídio?
Agência Brasil -
Segundo o IBGE, os brasileiros começam a fumar entre 17 e 19 anosA maioria das pessoas que fumam no país conhece os malefícios desse hábito, mas não tem intenção de deixar o tabaco a curto prazo. É o que revela estudo inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (27).A Pesquisa Especial do Tabagismo analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2008 e seguiu metodologia de estudos internacionais. O objetivo é auxiliar na elaboração de políticas de combate ao fumo no país. Segundo o documento, 93% dos 24,6 milhões de fumantes brasileiros conhecem os malefícios do produto, como o câncer de pulmão, o ataque cardíaco e o derrame. No entanto, cerca de 47% não pensavam em largar o hábito na data da entrevista e 33,5% até pensavam nisso, mas não nos próximos 12 meses.
Saiba mais...
Brasil tem 24,6 milhões de fumantes, revela IBGE
Exposição à fumaça do cigarro é maior em casa do que no trabalho ou em bares e restaurantes Brasil tem mais ex-fumantes do que fumantes, diz IBGE
De acordo com uma das coordenadoras do levantamento, Marcia Quintslr, o fato de os fumantes saberem dos malefícios à saúde causados pelo tabaco e mesmo assim não desejarem parar de fumar deve ser alvo de mais estudos. “Os especialista têm que se debruçar sobre isso”, avaliou. A pesquisa também destacou que 6,7% tentaram abandonar o vício com ajuda de remédios e 15,2% com ajuda de profissionais de saúde. Do total de fumantes entrevistados, 45,6% informaram que fizeram algum tipo de tentativa. A pesquisa também mostra que para a decisão de parar de fumar, os fumantes se motivam com campanhas antitabagistas. Os rótulos de advertência nos maços levaram 65% de fumantes a deixar o vício, um ano antes da pesquisa.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Fernando Henrique atrapalha Serra.
49,3% dos 2 mil entrevistados afirmaram que não votariam em um candidato indicado pelo ex-presidente
Leonardo Goy - Agência Estado - 23/11/2009 13:45
O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, atribuiu a aparente queda do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na pesquisa CNT/Sensus para a Presidência da República à aproximação dele com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "A queda de Serra pode estar ligada a sua associação com FH", disse Clésio, lembrando que constantemente o ex-presidente fala em defesa do governador paulista.
A pesquisa CNT/Sensus mostrou que 49,3% dos 2 mil entrevistados afirmaram que não votariam em um candidato indicado pelo ex-presidente. Ao mesmo tempo, a rejeição a um nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de 16%. Na primeira lista apresentada pela CNT/Sensus aos entrevistados (lista inédita), Serra aparece na frente de Dilma para primeiro turno, com 31,8% de intenções de voto, seguido pela ministra, com 21,7%. Em terceiro lugar, aparece o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), com 17,5%. A senadora Marina Silva (PV-AC) tem 5,9% e vem em quarto lugar.
O diretor do Sensus, Ricardo Guedes, observou que, mesmo sendo essa lista inédita, é possível notar que Serra perdeu cerca de 15 pontos porcentuais em intenções de voto em primeiro turno, quando se compara esta lista com cenários elaborados em dezembro do ano passado. Segundo Guedes, em dezembro de 2008, Serra tinha 46,5% de intenções de voto, enquanto Dilma tinha 10,4% e a ex-senador Heloísa Helena (PSol) - que na época era uma potencial candidata - tinha 12,5%.
Para Clésio, tanto a possível candidata de Lula a presidente, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, quanto o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), devem crescer nas próximas sondagens. "Aécio tem uma distância maior de FH do que o Serra e mostra mais capacidade de agregar apoios", disse o presidente da CNT.
Já de acordo com Guedes, há também uma questão técnica para explicar a expectativa de crescimento de Dilma e Aécio. Ele disse que ambos têm mais votos entre os homens e isso pode influenciar o voto feminino a migrar para essas candidatos na reta final da campanha.
domingo, 22 de novembro de 2009
Drogas e alcóol: Brasil precisa de mais estudos.
22/11/2009 18h38
DA REDAÇÃO
A pesquisadora e professora de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Roberta Uchoa, acredita que o Brasil estuda pouco os efeitos sociais do álcool e outras drogas. "Os poucos estudos que nós temos não podemos nem generalizar, porque eles são com populações tão específicas que você não pode ampliar para a população em geral", disse em entrevista à Agência Brasil.
Segundo ela, as políticas públicas de combate ao consume de bebida alcoólica feitas no país ainda são baseadas em estudos realizados no exterior. "Precisamos ainda de muita pesquisa nesse país para a gente de fato compreender a nossa realidade. A gente ainda se espelha muito no que se faz fora do país", afirmou.
O presidente do Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool (Cisa), Arthur Guerra, disse que a os dados são fundamentais para o balizar as ações do Poder Público. "Toda política pública precisa ter embasamento", destacou.
Ele também sente a falta de estudos sobre o assunto no Brasil. "Nós precisamos de mais dados, mais transparentes e mais objetivos". Segundo ele, "faz falta e nós não termos esses dados ainda".
Guerra acredita, entretanto, que o país está evoluindo no sentido de coletar informações e conhecer a realidade das drogas e seus efeitos. "Nosso país é jovem em relação aos outros. Nós estamos evoluindo de forma positiva. Eu acho que nós precisamos de mais dados. Nós começamos a coletar os dados agora. Estamos preocupados", avaliou.
sábado, 21 de novembro de 2009
Maluf elegeu Pitta, Lula e Aécio elegerão seus sucessores?
As estatísitcas eleitorais demonstram que é muito díficil transferir votos, ou seja, um político, por mais bem avaliado que seja, raramente consegue eleger um candidato desconhecido,. Alberto Carlos, em seu livro "A Cabeça do Eleitor", apresenta diversos exemplos históricos desse fenômeno.
Maluf apostou todo o seu capital político na eleicao de Pitta, chegando a dizer que se Pitta não fosse um bom prefeito, ele, Maluf, não mereceria mais a confiança do povo paulista. A aposta é lembrada a todo momento pelos adversários de Paulo Maluf, e a conta foi alta, o ex-governandor perdeu a simpatia dos eleitores.
Nas eleicões do ano que vem o teorema estará novamente à prova: Aécio Neves elegerá seu atual vice, Augusto Anastasia? As dificuldades do governador de Minas nas eleições municipais de 2008 foram imensas, os candidatos apoiados por ele não foram eleitos nas pricipais cidades mineiras, e o custo político - e econômico - para eleger Marcio Lacerda em BH, foi muito alto.
E Lula? terá sucesso na sua empreitada com a ministra Dilma? Bem, o presidente, assim como Aécio Neves, tem índices astronômicos de popularidade. Mas, conseguirão eles transferir aos seus escolhidos o carisma e a confiança necessárias para uma peleja tão disputada?
Podemos pensar que o PT, unido e determinado como já foi em outras eleições, será um grande diferencial para Dilma.
Já o PSDB de Aécio, em Minas, não tem nem de longe a garra da "militância" petista, aliás, as pesquisas de opinião revelam que o partido do governador aparece com traço na preferência dos mineiros.
De qualquer maneira, as eleições para presidente do ano que vem, serão as primeiras sem Lula depois da abertura política. E Aécio também não será candidato em Minas. Surpresas podem acontecer.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Oxigênio-terapia, Mais qualidade no tratamento.
O tratamento convencional, com cilindros de metal, além de mais caro, é incômodo e limita os movimentos do paciente, já que o "torpedo" de metal é pesado e díficil de ser transportado. Com a nova lei, a Prefeitura disponibilizará aparelhos eletrônicos portáteis, que transformam ar do ambiente em oxigênio, podendo ser tranportados em um bolsa à tiracolo para qualquer lugar, já que é dotado de uma bateria recarregável.
Esta lei já entrou em vigor e vamos também, arcar com os custos da energia elétrica com o aparelho.
Comer Pouco Retarda Envelhecimento
Quem come pouco envelhece mais devagar, diz estudo
Publicada em 18/11/2009 às 19h43mO Globo
RIO - As indústrias de cosméticos e as cirurgias plásticas tentam há anos retardar o processo de envelhecimento e o resultado nem sempre é confiável. Desta vez, cientistas da Escola de Medicina de Monte Sinai, em Israel, se debruçaram sobre a causa e descobriram que a dieta da pessoa pode ajudar a produzir efeitos protetores contra o envelhecimento e contra doenças.
O estudo, conduzido pelo professor de Neurociência, Geriatria e Medicina Paliativa de Monte Sinai, Charles Mobbs, mostra como a restrição dietética e a alta ingestão calórica influencia nas respostas bioquímicas.
Segundo o estudo, uma dieta de baixa ingestão calórica retarda o desenvolvimento de algumas condições ligadas à velhice, como o mal de Alzheimer, assim como o próprio processo de envelhecimento. Como é feita a restrição calórica - se há privação de gordura, proteínas ou carboidratos - não parece importar.
- Não é uma questão de contar calorias ou de cortar determinados nutrientes, mas sim, como uma baixa ingestão de calorias impacta no metabolismo e interfere no estresse oxidativo. Uma dieta com alta ingestão calórica também vai acelerar o processo de envelhecimento - explica Mobbs.
Segundo o especialista, a chave da juventude está em achar o equilíbrio.
- Uma restrição de 10% poderá ser extremamente benéfica enquanto que uma de 80% poderá ser prejudicial - diz Mobbs.
Segundo o estudo, a redução ideal seria de 30% no total de calorias ingeridas diariamente.
Filha de Olga remete carta ao pres. Lula sobre Battisti
Na qualidade de filha de Olga Benário Prestes, extraditada pelo Governo Vargas para a Alemanha nazista, para ser sacrificada numa câmera de gás, sinto-me no dever de subscrever a carta escrita pelo Sr. Carlos Lungarzo da Anistia Internacional (em anexo), na certeza deque seu compromisso com a defesa dos direitos humanos não permitirá que seja cometido pelo Brasil o crime de entregar Cesare Battisti a um destino semelhante ao vivido por minha mãe e minha família.
Atenciosamente,Anita Leocádia Prestes
CARTA ABERTAAO EXCELENTÍSSIMO SENHORLUÍS INÁCIO LULA DA SILVAPRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILSUPREMO MAGISTRADO DA NAÇÃO BRASILEIRA
AO POVO BRASILEIRO
"Trinta anos mudam muitas coisas na vida dos homens, e às vezes fazem uma vida toda". (O homem em revolta - Albert Camus)
Se olharmos um pouco nosso passado a partir de um ponto de vista histórico, quantos entre nós, podem sinceramente dizer que nunca desejou afirmar a própria humanidade, de desenvolvê-la em todos os seus aspectos em uma ampla liberdade. Poucos. Pouquíssimos são os homens e mulheres de minha geração que não sonharam com um mundo diferente, mais justo.
Entretanto, frequentemente, por pura curiosidade ou circunstâncias, somente alguns decidiram lançar-se na luta, sacrificando a própria vida.
Minha história pessoal é notoriamente bastante conhecida para voltar de novo sobre as relações da escolha que me levou à luta armada. Apenas sei que éramos milhares, e que alguns morreram, outros estão presos, e muito exilados.
Sabíamos que podia acabar assim. Quantos foram os exemplos de revolução que faliram e que a história já nos havia revelado? Ainda assim, recomeçamos, erramos e até perdemos. Não tudo! Os sonhos continuam!
Muitas conquistas sociais que hoje os italianos estão usufruindo foram conquistadas graças ao sangue derramado por esses companheiros dautopia. Eu sou fruto desses anos 70, assim como muitos outros aqui no Brasil, inclusive muitos companheiros que hoje são responsáveis pelos destinos do povo brasileiro. Eu na verdade não perdi nada, porque não lutei por algo que podia levar comigo. Mas agora, detido aqui no Brasil não posso aceitar a humilhação de ser tratado de criminoso comum.
Por isso, frente à surpreendente obstinação de alguns ministros do STFque não querem ver o que era realmente a Itália dos anos 70, que me negam a intenção de meus atos; que fecharam os olhos frente à total falta de provas técnicas de minha culpabilidade referente aos quatro homicídios a mim atribuídos; não reconhecem a revelia do meu julgamento; a prescrição e quem sabe qual outro impedimento àextradição.
Além de tudo, é surpreendente e absurdo, que a Itália tenha me condenado por ativismo político e no Brasil alguns poucos teimam em me extraditar com base em envolvimento em crime comum. É um absurdo, principalmente por ter recebido do Governo Brasileiro a condição de refugiado, decisão à qual serei eternamente grato.
E frente ao fato das enormes dificuldades de ganhar essa batalha contra o poderoso governo italiano, o qual usou de todos osargumentos, ferramentas e armas, não me resta outra alternativa a não ser desde agora entrar em "GREVE DE FOME TOTAL", com o objetivo de que me sejam concedidos os direitos estabelecidos no estatuto do refugiado e preso político. Espero com isso impedir, num último ato de desespero, esta extradição, que para mim equivale a uma pena de morte.
Sempre lutei pela vida, mas se é para morrer, eu estou pronto, mas, nunca pela mão dos meus carrascos. Aqui neste país, no Brasil, continuarei minha luta até o fim, e, embora cansado, jamais vou desistir de lutar pela verdade. A verdade que alguns insistem em não querer ver, e este é o pior dos cegos, aquele que não quer ver.
Findo esta carta, agradecendo aos companheiros que desde o início da minha luta jamais me abandonaram e da mesma forma agradeço àqueles que chegaram de última hora, mas, que têm a mesma importância daqueles que estão ao meu lado desde o princípio de tudo. A vocês os meus sinceros agradecimentos. E como última sugestão eu recomendo que vocês continuem lutando pelos seus ideais, pelas suas convicções. Vale apena!
Espero que o legado daqueles que tombaram no front da batalha não fique em vão. Podemos até perder uma batalha, mas tenho convicção deque a vitória nesta guerra está reservada aos que lutam pela generosa causa da justiça e da liberdade.
Cesar Battisti
-- Um outro mundo é possível. Um outro Brasil é necessário!
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Zé Alencar, nosso D. Quixote. Terno e corajoso.
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LORENNA RODRIGUESda Folha Online, em Brasília
O vice-presidente da República, José Alencar, reafirmou nesta quarta-feira sua vontade de disputar o Senado em 2010, mas disse que a eventual candidatura vai depender de seu estado de saúde. Ele trata um câncer na região abdominal, luta contra a doença há 12 anos e já passou por 15 cirurgias.
"Eu não sou candidato. Eu estou em tratamento, eu não posso de forma alguma levar o meu nome ao palanque como candidato se eu não tiver segurança absoluta de que eu possa exercer o mandato. Eu não seria honesto. Eu tenho que estar curado. Agora, se Deus me curar e os eleitores quiserem eu poderei ir para o Senado."
Segundo Alencar, um cargo no Legislativo é muito mais adequado. "Eu vou terminar o mandato no ano que vem e eu terei 79 anos. Então, um cargo no Legislativo poderá ser mais adequado porque eu teria condição de levar minha experiência. Não quero me candidatar a cargo no Executivo, a agenda é muito pesada."
Dilma
O vice também falou sobre a pré-candidata do PT à Presidência em 2010, Dilma Rousseff. Segundo ele, a ministra da Casa Civil tem uma qualidade: o fato de ela ser brava.
"A ministra Dilma é uma mulher que se dedica muito ao que faz, ela é seria e trabalha mais tempo do que todos nós. Além disso, ela tem uma qualidade, ela é brava. Ninguém precisa dizer que brava é defeito, tem que ser brava mesmo, o Brasil precisa da bravura de Dilma."
Alencar destacou ainda que, na sua opinião, o povo quer a continuidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Se perguntarem ao povo brasileiro o que o povo deseja, de fato o que o povo deseja é a continuidade do governo Lula. Não pode, porque a constituição não permite, então eu não tenho duvida nenhuma que as pessoas vão acompanhar a indicação dele."
Amores de presidentes.
Cláudio Humberto
Senador, FH teve filho com a empregada
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve outro filho fora do casamento, em Brasília. Chama-se Leonardo dos Santos Pereira, hoje aos 20 anos, que trabalha como carregador (ou "auxiliar de serviços gerais") em um órgão público. Ele nasceu da relação do então senador FH com sua empregada Maria Helena, uma negra que o impressionava pela formosura. Leonardo é muito parecido com o pai.
Indenização
Demitida com o filho nos braços, Maria Helena só recebeu R$ 130 mil dos R$ 250 mil prometidos. E uma pequena casa em Santa Maria (DF).
Segredo valioso
Quem administrava o segredo e os pagamentos a Maria Helena, diz ela, era o ex-senador Ney Suassuna (PB), que depois virou ministro.
Foi por pouco
FH tremeu após ser informado que Maria Helena considerava pedir teste de DNA no "Programa do Ratinho", sucesso do SBT, na época.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
UMA BURCA PARA GEISEY
Miguezim de Princesa
I
Quando Geisy apareceu
Balançando o mucumbu
Na Faculdade Uniban,
Foi o maior sururu:
Teve reza e ladainha;
Não sabia que uma calcinha
Causava tanto rebu.
II
Trajava um mini-vestido,
Arrochado e cor de rosa;
Perfumada de extrato,
Toda ancha e toda prosa,
Pensou que estava abafando
E ia ter rapaz gritando:
"Arrocha a tampa, gostosa!"
III
Mas Geisy se enganou,
O paulista é acanhado:
Quando vê lance de perna,
Fica logo indignado.
Os motivos eu não sei,
Mas pra passeata gay
Vai todo mundo animado!
IV
Ainda na escadaria,
Só se ouvia a estudantada
Dando urros, dando gritos,
Colérica e indignada
Como quem vai para a luta,
Chamando-a de prostituta
E de mulherzinha safada.
V
Geisy ficou acuada,
Num canto, triste a chorar,
Procurou um agasalho
Para cobrir o lugar,
Quando um rapaz inocente
Disse: "oh troço mais indecente,
Acho que vou desmaiar!"
VI
A Faculdade Uniban,
Que está em último lugar
Nas provas que o MEC faz,
Quis logo se destacar:
Decidiu no mesmo instante
Expulsar a estudante
Do seu quadro regular.
VII
Totalmente escorraçada,
Sem ter mais onde estudar,
Geisy precisa de ajuda
Para a vida retomar,
Mas na novela das oito
É um tal de molhar biscoito
E ninguém pra reclamar.
VIII
O fato repercutiu
De Paris até Omã.
Soube que Ahmadinejad
Festejou lá no Irã,
Foi uma festa de arromba
Com direito a carro-bomba
Da milícia Talibã.
IX
E o rico Osama Bin Laden,
Agradecendo a Alá,
Nas montanhas cazaquistãs
Onde foi se homiziar
Com uma cigana turca,
Mandou fazer uma burca
Para a brasileira usar.
X
Fica pra Geisy a lição
Desse poeta matuto:
Proteja seu bom guardado
Da cólera dos impolutos,
Guarde bem o tacacá
E só resolva mostrar
A quem gosta do produto.
Chavez proíbe gordos na Venezuela.
Presidente elege novo inimigo da revolução e diz que precisa da população forte e em forma
O Estado de S. Paulo
CARACAS - O imperialismo americano continua em questão, mas Hugo Chávez identificou uma nova ameaça à revolução socialista da Venezuela: a obesidade. Segundo o jornal britânico The Guardian, com a expansão das cinturas de seus compatriotas, Chávez os convocou para uma batalha contra a gordura, dizendo que a revolução precisa deles fortes e em forma.
"Há muitas pessoas gordas", disse, num discurso na televisão, e elas precisam de dieta e exercícios. "Fazer exercícios abdominais. Comer bem. É preciso aprender a comer." A intervenção de Chávez foi provocada por um estudo sugerindo que nas duas últimas décadas o sobrepeso médio dos venezuelanos passou de 6,3 para 14,5 quilos.
O mesmo estudo mostra que a nutrição no país melhorou e o presidente disse que a revolução assegurara três refeições diárias até para os pobres. "Agora estamos comendo melhor, mas precisamos ser cuidadosos", disse ele. Chávez, de 55 anos, declarou ter perdido quase 20 quilos com exercícios e dieta, embora permaneça nitidamente mais corpulento do que era quando assumiu o cargo há uma década. Chávez recomendou leite de soja e pasta de arroz em vez de macarrão de trigo.
Em discursos na TV, Chávez com frequência mistura os insultos contra o "império ianque" com conselhos para seus concidadãos lerem livros, evitarem o consumismo, pouparem água com banhos de três minutos, e economizarem eletricidade usando uma lanterna para as visitas noturnas ao banheiro. Combater a obesidade pode ser uma luta condenada ao fracasso, contudo.
Os venezuelanos são fanáticos por pratos que engordam como chicharrón (torresmo de porco) e gostam de encher arepas, uma espécie de empada de milho, com carne assada de porco e boi e de queijo. As refeições não são completas sem refrigerantes, cervejas ou rum com Coca-Cola.
Apesar das exortações do governo, a Venezuela é uma sociedade americanizada que vê nos jogos de beisebol um pretexto para comer cachorros-quentes e batatas fritas.
As cadeias de restaurantes fast-food não encorajam a moderação. "Chega de dietas!", proclama um campanha publicitária em outdoor em Caracas, seduzindo motoristas com imagens de hambúrgueres, milk-shakes e bolos de chocolate.
A América Latina já sofreu com a desnutrição, mas o crescimento da renda e uma mudança nos estilos de vida - especialmente uma tendência ao consumo de comida de baixo valor nutritivo - produziram uma epidemia de obesidade.
Na Venezuela, muitos dos que estão na mira de Chávez não veem nenhum problema na sua corpulência. Na praia, biquínis fio-dental são comuns até em mulheres visivelmente fora de forma.
Uma das mais famosas misses da Venezuela, Alicia Machado, quase perdeu seu título de Miss Universo de 1995 por ganhar peso. Donald Trump, organizador do concurso, a chamou de uma "máquina de comer". Chávez tomou o cuidado de não se indispor com as mulheres e referiu-se mais aos "gordos" que às "gordas". "Não estou falando das mulheres, porque elas nunca ficam gordas." E acrescentou: "As mulheres às vezes encorpam."
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Dona Canô é melhor que Caetano.
A matriarca dos Veloso, Dona Canô, deve procurar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir desculpas pelas ofensas disparadas pelo filho Caetano Veloso em entrevista na última semana.
O cantor e compositor declarou em entrevista ao Estado de S. Paulo que seu voto em 2010 é para a senadora Marina Silva (PV), porque, segundo ele, Lula é analfabeto, não sabe falar, é cafona e grosseiro.
Dona Canô quer que o presidente tenha certeza que a opinião de Caetano não representa a de toda a família e, para isso, deve tentar um contato com o presidente já nesta segunda-feira (16).
A mãe de Caetano Veloso é amiga de Lula e, recentemente, enviou uma carto ao presidente para pedir recursos financeiros para a reforma da Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro (BA).
domingo, 15 de novembro de 2009
Energia x aquecimento global
Às vésperas da liberação ambiental, Altamira enfrenta série de manifestações contra e a favor d
A proximidade do leilão da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, marcado para 21 de dezembro, tem mexido com os ânimos da população do Oeste do Pará. Nas últimas semanas, movimentos contrários e a favor da usina - maior empreendimento do setor elétrico do Brasil, equivalente à construção do Canal do Panamá, em termos de escavações - reforçaram os protestos pelas ruas da tumultuada Altamira, no interior do Pará. Por lá, os moradores - sejam crianças, jovens ou idosos - "respiram" Belo Monte 24 horas por dia, numa polêmica nem sempre amistosa. A partir de amanhã, o clima deve esquentar ainda mais, com a expectativa de liberação da licença prévia para o início da obra. Ambientalistas e povos indígenas prometem não se curvar à decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Não vamos desistir agora dos nossos direitos", afirma o cacique da tribo Arara, José Carlos Arara, que teme os impactos da construção da usina em sua aldeia.Do outro lado, empresários se unem para reforçar o coro a favor do governo para, enfim, tirar do papel o projeto que desde a década de 70 promete desenvolvimento à região. As manifestações começaram na sexta-feira passada, numa caminhada pela cidade. Nos próximos 37 dias, até a licitação da hidrelétrica, os dois grupos vão fazer barulho, com atos que ultrapassam as divisas do Pará.Além de possíveis protestos na Conferência do Clima, em Copenhague, a oposição cogita um ato público durante o show do cantor Sting, esta semana, em São Paulo. No passado, o inglês fez parte do movimento que ajudou a engavetar a antiga versão do projeto de Belo Monte, cujos estudos tiveram início em 1975. Ele participou do 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em 1989, em Altamira.Desde aquela época, a usina já era o empreendimento mais emblemático dentro da nova fronteira hidrelétrica do País na Região Amazônica, que opõe meio ambiente e desenvolvimento econômico e social. A energia de Belo Monte é vista como essencial para sustentar uma taxa de crescimento do País na casa de 5% ao ano na próxima década. De acordo com o Plano Decenal de Energia 2008-2017, nesse período, o Brasil terá de acrescentar 27 mil megawatts médios (MW) de energia ao sistema.O governo conta com Belo Monte para fechar a conta e evitar o estrangulamento do sistema. A expectativa é de que a usina, de 11.233 MW de potência (ou 4.600 MW médios), comece a entrar em operação por volta de 2015, a tempo de suprir as necessidades da Olimpíada de 2016, no Rio. O volume total de investimentos será de R$ 16 bilhões (US$ 9,2 bilhões) , bem distante dos US$ 3 bilhões previstos no fim da década de 90.Para chegar ao desenho atual, Belo Monte passou por inúmeras remodelações. Nasceu como Hidrelétrica de Kararaô, dentro de um complexo de seis usinas e, mais tarde, foi rebatizada como Belo Monte. Na última reestruturação, para diminuir os impactos ambientais e atender às reivindicações da oposição, a área alagada da usina foi reduzida de 1.200 para 516 quilômetros quadrados (km²), o que deverá evitar uma série de contratempos.O novo desenho será um dos maiores desafios para a engenharia brasileira, que acumula anos de know-how na construção de hidrelétricas em todo o mundo. Ao contrário das demais usinas do País, Belo Monte será construída em três áreas diferentes. A primeira obra, que inclui o vertedouro principal e a casa de força complementar, ficará a 40 quilômetros de Altamira e terá capacidade de 233 MW, com 9 turbinas. A partir desse local, serão construídos dois canais - cujas escavações serão semelhantes às do Canal do Panamá, considerado uma das sete maravilhas do mundo moderno - que vão desviar parte da água do Rio Xingu para o reservatório. O nível do lago será controlado por uma barragem complementar. Seguindo rio abaixo, será instalada a casa de força principal, com 20 turbinas, com capacidade para gerar 11 mil MW."Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo e a segunda maior do Brasil. Se for desconsiderada Itaipu, que é binacional, a usina será a maior do País", diz o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. O executivo lembra que, seguindo uma tendência nacional para evitar impactos ambientais, Belo Monte será a fio d"água, ou seja, não terá um grande reservatório e vai gerar conforme a vazão do rio. Essa é uma das críticas dos ambientalistas. Eles argumentam que a usina não será totalmente eficiente nem terá uma grande contribuição no abastecimento do País. Durante o verão, o fluxo de água do Rio Xingu cai de forma drástica, o que reduzirá a capacidade de produção da usina, segundo Marcelo Salazar, do Instituto Socioambiental (Isa). Embora Belo Monte tenha potência de 11 mil MW, a unidade produzirá apenas 4,6 mil MW médios. Ele diz ainda que a migração de pessoas poderá trazer o caos para a região, que não tem infraestrutura.De acordo com os estudos, a construção da hidrelétrica criará 18 mil empregos diretos e 80 mil indiretos. Mas Salazar acredita que esses números serão maiores, considerando que haverá necessidade de pavimentar as estradas e melhorar outros serviços públicos. Apesar da resistência, Tolmasquim afirma que o governo não voltará atrás na estratégia de explorar a nova fronteira energética. "Seria uma insensatez abrir mão dessa capacidade. Mais de 60% do potencial hidrelétrico do País está na região amazônica."
sábado, 14 de novembro de 2009
Anastasia e a banalização das homenagens.
Nesta semana, a bajulação foi em Guaxupé, Pouso Alegre e Guaranésia. O ritual é quase sempre o mesmo, começa com recepção no aeroporto, reuniões com políticos e, ponto alto da visita, a Câmara de vereadores se reúne e, após inúmeros discursos, Anastasia recebe o título de Cidadão Honorário.
O jornalista Régis Policarpo, da Rádio Pinheirinho de Alfenas e da Rádio do Povo de Muzambinho, participou da entrevista coletiva do vice-governador em Guaranésia, logo após a entrega do título de cidadão honorário. Lá pelas tantas, Régis Policarpo pergunta à queima-roupa "Vice governador, o senhor tem o costume de receber títulos em cidades que nem conhece?" Polido, Anastasia levou mais de 10 minutos tentando explicar.
O pior é que esta tática é usada também pelo ministro Hélio Costa. Assim, esta homenagem que já foi motivo de orgulho para pessoas que realmente mereciam, virou pantomina, banalizou-se.
Ainda bem que ainda existem jornalistas como Régis Policarpo, que não suportam puxa-sacos, nem têm medo de cara feia. Parabéns Policarpo.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
A MOÇA, A SAIA, A FACULDADE
SÃO PAULO (é o fim) – Fiz faculdade entre 1982 e 1985. Faculdade de riquinho, FAAP. Não havia sinal de movimento estudantil ali. Na verdade, com o fim da ditadura, a eleição de Tancredo e a perspectiva de diretas em 1989, o movimento estudantil se enfraqueceu e, sendo bem sincero, foi sumindo aos poucos. Minha atividade mais próxima da subversão foi vender sanduíches naturais para arrecadar dinheiro para uma festa das Diretas.
Hoje, as entidades representativas dos estudantes servem para emitir carteirinhas para a turba pagar meia-entrada em shows e no cinema. Sem um inimigo claro, que no caso das gerações imediatamente anteriores à minha era o governo militar, ficamos sem ter do que reclamar. Porque, no fundo, por conta da politização desses movimentos todos, a questão educacional foi colocada de lado por muitos anos, e deixou de ser prioridade.
Já como repórter, cheguei a cobrir algumas confusões na USP na segunda metade dos anos 80. Sem querer simplificar demais, mas recorrendo ao que minha memória me permite lembrar, o tema central era o aumento do preço do bandejão nos refeitórios da universidade. Deu greve e tudo. Muito pouco. Ainda mais porque, como se sabe, boa parte dos que conseguem chegar à USP vêm de escolas particulares, e o preço do bandejão não chegava a afetar seriamente o orçamento de ninguém.
O caso dessa moça de minissaia da Uniban poderia ser um bom motivo para despertar algum tipo de reação na molecada. De repúdio aos que ofenderam a menina, de reflexão sobre os rumos da universidade, de protesto contra sua expulsão, de perplexidade com o recuo da reitoria por razões obviamente mercantis.
Reitoria… Era palavra respeitada, antigamente. Hoje, os reitores dessas espeluncas mal falam português. A transformação do ambiente universitário em quitandas que vendem diplomas é assustadora. E os estudantes são coniventes. Não exigem ensino de qualidade, compromisso com a educação, porra nenhuma. Querem se formar logo, se possível pagando pouco, e dane-se o mundo.
Fico espantado ao observar como pensa e age essa juventude urbana entre 20 e 25 anos. São fascistóides, hedonistas, individualistas, retardados ao cubo. Basta ver o perfil da menina da minissaia no Orkut. Uma completa debilóide, mas nada diferente, tenho certeza, de seus colegas de faculdade (vejam as “comunidades” às quais ela pertence; coisas como “Gosto de causar, e daí?”, “Sou loira sim, quem me aguenta?”, “Para de falar e me beija logo”, coisas do tipo). O que, evidentemente, não dá a ninguém o direito de fazer o que fizeram com ela. Até porque são todos iguais, idênticos, tontos, despreparados, sem noção.
Aí a Uniban expulsa a menina, dizendo que os alunos que a chamavam de “puta” e queriam bater na coitada estavam “defendendo o ambiente escolar”. Puta que pariu! Como é que pode? Como podem adultos, “educadores”, que teoricamente têm um pouco mais de neurônios em funcionamento, reduzirem a questão a isso? E criticarem a menina porque ela se veste assim ou assado, anda rebolando, “se insinua”?
Pior: muitos, mas muitos mesmo, alunos defenderam a expulsão. Acham que a menina é uma vagabunda que provoca os colegas. Bando de animais, intolerantes, sádicos, hostis, agressivos. Eu nunca deixaria um filho meu estudar numa universidade frequentada por esse tipo de gente e dirigida por cretinos do naipe dos que assinaram a expulsão e, depois, revogaram-na sem revelar o motivo — aquele que nunca será admitido, o prejuízo à imagem dessa porcaria de empresa, sim, empresa, e das mais lucrativas, porque chamar um negócio desses de “universidade” é desmoralizar a palavra.
O Brasil está fodido com essas gerações que vêm por aí. Um caso desses, que poderia trazer à tona discussões importantes sobre o comportamento dos jovens, suas angústias, seus rumos, resume-se ao tamanho da saia da moça e ao seu comportamento “inadequado”, seja lá o que for isso. A educação, neste país, tem sido negligenciada de forma criminosa há décadas. O governo poderia começar a limpar a área por essas fábricas de diploma, que surgem aos montes sem que ninguém se preocupe com o tipo de gente que está à frente delas.
O que se vê hoje, graças a essas faculdades privadas de esquina, sem história e princípios, é uma população cada vez maior de “nível superior” sem nível algum. Um desastre completo. Gente que não pensa, não argumenta, não lê, não raciocina coletivamente, se comporta como gado raivoso, passa o dia punhetando no Orkut e no MSN, escreve “aki”, “facu”, “xurras”, “naum”, “huahsuahsua”, um bando de tontos desperdiçando os melhores anos de suas vida com uma existência vazia, um vácuo intelectual, sob o olhar perplexo de gerações, como a minha, que um dia sonharam em fazer um mundo melhor e, definitivamente, não conseguiram.
Somos todos culpados, no fim. Me incluo.
Autor: Flavio Gomes - Categoria(s): Brasil