segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Lula "rouba" cena no Prêmio Brasil Olímpico



Lula diverte público e "rouba" noite que deveria ser de Cielo
Bruno DoroNo Rio de Janeiro

O nadador César Cielo foi eleito nesta segunda-feira, pelo segundo ano consecutivo, o melhor esportista brasileiro da temporada, recebendo o Prêmio Brasil Olímpico. Mas quem realmente mexeu com o público que estava no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, bem-humorado, contou a epopeia da conquista do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016.
Lula chegou ao ginásio no final da festa. Foi tempo suficiente para entregar o prêmio a Cielo e a Sarah Menezes - eleita na categoria feminina -, para ver a longa menção que se fez à conquista do Rio e para fazer um discurso ainda maior. Mas em um tom que, em vez de cansar, arrancou gargalhadas dos presentes.
O presidente deu detalhes dos bastidores da delegação brasileira que foi a Copenhague, Dinamarca, em outubro, para defender a candidatura carioca. Lembrou que o governador Sérgio Cabral precisou receber atendimento médico, que não conseguia se controlar sempre que via a jovem Bárbara Leôncio chorando ao seu lado e que nunca havia visto sua mulher, a primeira-dama Marisa Letícia, tão emocionada em todo o tempo em que estão juntos - mais de três décadas.
Um dos momentos mais marcantes, porém, foi aquele em que Lula lembrou as várias teses das pessoas contrárias à campanha do Rio. “Diziam Madri? Madri é a cidade mais bonita, tem mil anos, até os mouros moraram lá. Tóquio? Tóquio é fantástica, tem a sabedoria milenar”, brincou, para, logo em seguida, fazer referência ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. “Chicago? Chicago tem o homem!”.
Ainda falando sobre o mandatário norte-americano, salientou que a cobertura da imprensa sobre as poucas horas em que Obama esteve na Dinamarca foi maior do que todos os dias em que o próprio Lula esteve por lá. “No dia do ‘pega pra capar’, chegou o homem. Mostraram mais o avião do Obama do que eu quando cheguei. E olha que era só o avião, ele nem tinha saído ainda”.
Lula também se divertiu com os 79 anos de Juan Antonio Samaranch, ex-presidente do COI (Comitê Olímpico e Internacional) e principal representante da candidatura de Madri. “A Espanha tem aquele senhor do COI. Ele tá lá há uns 140 anos e manda em todo mundo. Mas pelo menos se a gente juntar a idade do [João] Havelange com a do [Carlos Arthur] Nuzman, a gente passa ele”, falou o presidente, para delírio do público.
E não foram só os adversários que foram vítima das gozações de Lula. O presidente ainda se divertiu com os próprios companheiros de delegação: Nuzman, Sérgio Cabral e prefeito Eduardo Paes. “Ouvi todos eles falando em inglês, numa ‘chiqueza’ só. Fiquei achando que eu estava no país errado. Tinha um que queria falar até em russo. Se a gente não impede, ele fala até em mandarim”.
Mas não foi só de piadas que o discurso de Lula se sustentou. O presidente, que recebeu o prêmio de Personalidade Olímpica por seu empenho na vitória do Rio de Janeiro, ressaltou que o Brasil ainda precisa melhorar muito para sediar os Jogos Olímpicos e prometeu continuar ajudando os organizadores mesmo após deixar o cargo em Brasília, no final deste ano. "Quando não leio meu discurso, eu falo demais", comentou, ao finalizar sua "apresentação".Mais homenagens
Além de Lula, outras pessoas foram homenageadas nesta noite no Prêmio Brasil Olímpico. Joaquim Cruz recebeu o troféu Adhemar Ferreira da Silva, concedido a ex-atletas que simbolizem os legados de Adhemar, o primeiro bicampeão olímpico do Brasil.
Já Eduardo de Rose, membro da Wada (Agência Mundial Antidoping), foi agraciado com um troféu por sua luta contra o doping no Brasil. Ele é a principal referência do país no assunto.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Marlene Dietrich, La vie em rose.

...Ou Marlene Dietrich. La vie en rose.

Louis Armstrong

Depois do fiasco em Copenhague, só mesmo Louis Armstrong.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Lula é aplaudido em Copenhague.

Clima

Presidente Lula critica duramente os países ricos e afirma que Brasil poderá fazer sacrifícios financeiros pelo clima
Publicada em 18/12/2009 às 10h00m
Chico de Gois, Deborah Berlinck, Roberta Jansen, enviados especiais

COPENHAGUE - Depois de iniciar seu discurso na plenária de chefes de Estado na Convenção das Nações Unidas para Mudanças Climáticas dizendo que se sentia um pouco frustrado por perceber que um acordo final estava cada vez mais difícil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar mais ação dos países ricos, disse que o encontro de ontem não deveria servir para barganhas, insistiu que, apesar de a responsabilidade por encontrar soluções para evitar o aquecimento global ser de todos, ela deve ser diferenciada e, surpreendendo até mesmo a delegação brasileira, anunciou que o Brasil está disposto a colocar recursos no fundo verde internacional, o que vinha sendo rechacado pelo governo brasileiro ate então.

Lula falou cerca de 15 minutos e foi o único a ser aplaudido em pelo menos quatro ocasiões. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que falou logo apos Lula, disse que não estava na Conferência apenas para falar, mas para agir, não teve uma recepção tão calorosa. Só foi aplaudido no final.

- Se for necessário fazer um sacrifício a mais para que saiamos daqui com um acordo, o Brasil esta disposto a colocar recursos no fundo. Estamos dispostos a participar do financiamento, se nos colocarmos de acordo - declarou, lembrando que o Brasil devera investir US$ 166 bilhões, em dez anos, em ações de mitigação.

- O que não estamos de acordo é que as pessoas mais importantes do planeta assinem um documento para dizer apenas que assinaram um documento - discursou, sendo muito aplaudido nesta hora, inclusive pela imprensa internacional que acompanhava suas declarações.

No entanto, apesar de se declarar um otimista excessivo, Lula deu a entender que vê com pouca esperança a possibilidade de um acordo.

- Se não conseguimos fazer até agora este documento, não sei se algum anjo ou algum sábio descera nesta plenária e nos colocara a inteligência que nos faltou ate agora. Como acredito em Deus e em milagre, isso pode acontecer e quero fazer parte dele (do milagre).

Lula destacou, mais uma vez, que os países em desenvolvimento não podem ser culpados pelas emissões dos ricos, que cresceram nos dois últimos séculos. Mas observou que os países ricos também não podem ser considerados como os salvadores do planeta.

- Sou extremamente otimista, mas e preciso que a gente faca um jogo não pensando em ganhar ou perder. E verdade que os países que derem dinheiro tem direito à transparência para ver se os projetos estão sendo desenvolvidos. Mas precisamos tomar muito cuidado com esta intrusão (sic) nos países pobres - afirmou, lembrando que as ações do Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, causaram prejuízos e danos para os países pobres.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Carta de Aécio desistindo da presidência.

Política
Confira carta de Aécio ao presidente do PSDB
Da Redação - 17/12/2009 17:10

"Belo Horizonte, 17 de dezembro de 2009.

Presidente Sérgio Guerra,
Companheiros do PSDB,

Há alguns meses, estimulado por inúmeros companheiros e importantes lideranças da nossa sociedade, aceitei colocar meu nome à disposição do nosso partido como pré-candidato à Presidência da República.

Como parte desse processo, defendi a realização de prévias e encontros regionais que pudessem levar o PSDB a fortalecer a sua identidade e integridade partidárias. Assim o fiz, alimentado pela crença na necessidade e possibilidade de construirmos um novo projeto para o país e um novo projeto de país.

Defendi as prévias como importante processo de revitalização da nossa prática política. Não as realizamos, como propus, seja por dificuldades operacionais de um partido de dimensão nacional, seja pela legítima opção da direção partidária pela busca de outras formas de decisão.

Ainda assim, acredito que teria sido uma extraordinária oportunidade de aprofundar o debate interno, criar um sentido novo de solidariedade, comprometimento e mobilização, que nos seriam fundamentais nas circunstâncias políticas que marcarão as eleições do ano que vem.

A realização dos encontros regionais foi uma importante conquista desse processo. O reencontro e a retomada do diálogo com a nossa militância, em diversas cidades e regiões brasileiras, representaram os nossos mais valiosos momentos. A eles se somaram outros encontros, também sinalizadores dos nossos sonhos, com trabalhadores, empresários e outros setores da nossa sociedade.

Ouvindo-os e debatendo, confirmei a percepção de um País maduro para vivenciar um novo ciclo de sua história. Pronto para conquistar uma inédita e necessária convergência nacional em torno dos enormes desafios que distanciam nossas regiões umas das outras, e em torno das grandes tarefas que temos o dever de cumprir e que perpassam governos e diferentes gerações de brasileiros.

Ao apresentar o meu nome, o fiz com a convicção, partilhada por vários companheiros, de que poderia contribuir para uma construção política diferente, com um perfil de alianças mais amplo do que aquele que se insinua no horizonte de 2010. E as declarações de líderes de diversos partidos nacionais demonstraram que esse era um caminho possível, inclusive para algumas importantes legendas fora do nosso campo.Defendemos um projeto nacional mais amplo, generoso e democrático o suficiente para abrigar diferentes correntes do pensamento nacional. E, assim, oferecer ao país uma proposta reformadora e transformadora da realidade que, inclusive, supere e ultrapasse o antagonismo entre o "nós e eles', que tanto atraso tem legado ao país.

Devemos estar preparados para responder à autoritária armadilha do confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir o país ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres. Nossa tarefa não é dividir, é aproximar. E só aproximaremos os brasileiros uns dos outros através da diminuição das diferenças que nos separam.

O que me propunha tentar oferecer de novo ao nosso projeto, no entanto, estava irremediavelmente ligado ao tempo da política, que, como sabemos, tem dinâmica própria. E se não podemos controlá-lo, não podemos, tampouco, ser reféns dele...

Sempre tive consciência de que uma construção com essa dimensão e complexidade não poderia ser realizada às vésperas das eleições. Quando, em 28 de outubro, sinalizei o final do ano como último prazo para algumas decisões, simplesmente constatava que, a partir deste momento, o quadro eleitoral estaria começando a avançar em um ritmo e direção próprios, e a minha participação não poderia mais colaborar para a ampla convergência que buscava construir.

Durante todo esse período, atuei no sentido de buscar o fortalecimento do PSDB. Deixo a partir deste momento a condição de pré-candidato do PSDB à Presidência da República, mas não abandono minhas convicções e minha disposição para colaborar, com meu esforço e minha lealdade, para a construção das bandeiras da Social Democracia Brasileira.

Busco contribuir, dessa forma, para que o PSDB e nossos aliados possam, da maneira que compreenderem mais apropriada, com serenidade e sem tensões, construir o caminho que nos levará à vitória em 2010.

No curso dessa jornada, mantive intactos e jamais me descuidei dos grandes compromissos que assumi com Minas, razão e causa a que tenho dedicado toda minha vida pública. Ao deixar a condição de pré-candidato à Presidência da República, permito-me novas reflexões, ao lado dos mineiros, sobre o futuro.

Independente de nova missão política que porventura possa vir a receber, continuarei trabalhando para ser merecedor da confiança e das melhores esperanças dos que partilharam conosco, neste período, uma nova visão sobre o Brasil.

É meu compromisso levar adiante a defesa intransigente das reformas e inovações que juntos realizamos em Minas e que entendemos como um caminho possível também para o País. Continuarei defendendo as reformas constitucionais e da gestão pública, aguardadas há décadas; a refundação do pacto federativo, com justa distribuição de direitos e deveres; e a transformação das políticas públicas essenciais, como saúde, educação e segurança, em políticas de Estado, acima, portanto, do interesse dos governos e dos partidos.

Devo aqui muitos agradecimentos públicos. À direção do meu partido e, em especial, ao senador Sérgio Guerra pelo equilíbrio e firmeza com que vem conduzindo esse processo. Aos companheiros do PSDB, pelas inúmeras demonstrações de apoio e confiança.

Manifesto a minha renovada disposição de estar ao lado de todos e de cada um que julgar que a minha presença política possa contribuir, seja no plano nacional ou nos planos estaduais, para a defesa das nossas bandeiras.

Aos líderes de outras legendas partidárias, pela coragem com que emprestaram substantivo apoio não só ao meu nome, mas às novas propostas e crenças que defendemos nesse período. Asseguro, nos reencontraremos no futuro.

A tantos brasileiros, pelo respeito com que receberam nossas idéias. E a Minas, sempre a Minas e aos mineiros, pela incomparável solidariedade.

Aécio Neves"

Conselho da Unifal aprova criação da Medicina.

Valeu a luta e a mobilização.

O Conselho Superior da UNIFAL aprovou a criação do curso de medicina no Campus de Alfenas. A reunião do Conselho aconteceu nesta quinta-feira, foram 19 votos a favor, 05 contra e 04 abstenções.

Quando os conselheiros chegaram às 09 horas para a reunião, já encontraram o auditório da Universidade lotado com pessoas em pé e do lado de fora. O presidente do Conselho e reitor professor Tonhão, iniciou os trabalhos pedindo silêncio e ordem no plenário, no que foi atendido por todos os presentes, em seguida discorreu sobre a importância do Conselho e da Universidade e também das decisões que seriam tomadas naquele momento, salientou também o fato da escola ser pública.

No final, depois que a reunião foi transferida de sala a pedido de alguns conselheiros, veio a informação que o curso de medicina foi aprovado. Todos que aguardavam do lado de fora do prédio comemoraram com abraços e muita emoção.

Realmente foi emocionante toda campanha pela medicina federal, parabéns a todos que lutaram bravamente para sensibilizar os conselheiros, parábens ao Conselho e a todos os trabalhadores da UNIFAL-MG.

Viva a UNIFAL-MG! Viva Alfenas!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Emprego bate record

Criação de empregos em novembro é recorde
16 de dezembro de 2009



A criação de empregos formais em novembro bateu o recorde de 246.695 novos registros. Os dados fazer parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira do Ministério do Trabalho.

Em outubro, o indicador já havia registrado recorde para o mês, com a criação de 230.956 postos. Segundo o ministério, o saldo de novembro é praticamente o dobro do recorde anterior, em novembro de 2007, quando foram criadas 124.554 vagas. O resultado de novembro também é o segundo maior do ano, superado apenas pelo dado de setembro, quando foram abertos 252.617 empregos formais.

No acumulado de janeiro a novembro, pelos dados do Caged, foram criados 1.410.302 postos de trabalho. Já no acumulado dos últimos 12 meses, encerrados em novembro, o número de novas contratações atingiu 755.356.

Os setores de comércio, serviços e indústria da transformação e construção civil lideraram a abertura de vagas em novembro. O setor de comércio criou 116.571 postos de trabalho. O setor de serviços foi responsável pela contratação de 87.252 empregados. A indústria de transformação gerou 39.594 vagas e a construção civil 17.791 postos. A agropecuária fechou 16.628 vagas em novembro, em função do período de entressafra.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Aécio fora da disputa.

Aécio praticamente fora da disputa

Publicado em 14-Dez-2009


No PSDB, o presidenciável de Minas, governador Aécio Neves, está praticamente fora da disputa. Até porque ele, a exemplo de seu concorrente de São Paulo, o governador José Serra, tem que cuidar da sucessão em seu Estado, já que perder a presidência e o governo do Estado significa estar fora da disputa em 2014.

Daí sua decisão de sair da disputa pela candidatura presidencial ao conhecer o resultado da eleição do diretório regional do PT-MG com a vitória da chapa apoiada pelo ex-prefeito de BH, Fernando Pimentel, que tem grandes chances de ser o candidato do partido ao governo do Estado. Pimentel (Aécio sabe) é um candidato difícil de derrotar já que além dos votos petistas e de uma provável aliança com o PMDB, ele terá uma parcela significativa de eleitores que votaram no próprio Aécio em 2002 e 2006.

Já Serra tem que cuidar de três Estados decisivos para a disputa em 2010: Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No Rio, seu palanque desmoronou com a candidatura da presidenciável senadora Marina Silva (PV-AC), cujos desdobramentos fizeram o PV ficar sem candidato a governador no Estado; com a desmoralização do discurso udenista do DEM; e com a farsa que demorou a ser desmascarada, da coligação demo com o PPS, este também envolvido nas denúncias, inclusive seu presidente nacional, ex-deputado Roberto Freire.

Agora ninguém sabe o que farão o ex-prefeito do Rio, César Maia - que hoje controla o DEM e responde pelos acontecimentos de Brasília - e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), primeiro candidato a governador, depois a senador, mas que submergiu desde que foi flagrado usando recursos públicos para fins pessoais.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Raquel Faria comenta pesquisa DataTempo.

Contribuindo


"Patrimônio Cultural: Conceitos, Políticas e Instrumentos", um livro lançado neste fim de semana pelo arquiteto e professor da UFMG Leonardo Barci Castriota, traz uma visão de síntese do papel do patrimônio cultural na vida urbana. E vem preencher uma lacuna na bibliografia nacional sobre um tema que, infelizmente, ainda não recebe o merecido valor no nosso país.


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8 ou 80


Pelos valores milionários do contrato de Luxemburgo, não tem escapatória. Ou o novo técnico conserta o Atlético, ou quebra de vez o clube mineiro.


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Maré baixa


Patrus Ananias mantém a agenda e as pretensões de um pré-candidato a governador: hoje mesmo debaterá suas ideias com agentes culturais no Teatro da Cidade, em BH. Mas suas chances minguaram nos últimos dias, após a derrota de seu grupo político nas eleições do PT e o desempenho ruim na pesquisa DataTempo: 14%. Sobretudo a pesquisa, divulgada ontem, abalou os planos de Patrus ao mostrar uma tendência incômoda: empacado na preferência dos eleitores, ele pode ser ultrapassado em breve por Antonio Anastasia, o candidato de Aécio.


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Maré alta


Inversamente, Fernando Pimentel aumentou seu cacife. Bem ou mal, o ex-prefeito saiu vitorioso na disputa interna no PT, com a reeleição de seu aliado Reginaldo Lopes na presidência do partido. E apareceu melhor no DataTempo, com 20% das intenções de voto, mantendo a vantagem sobre Patrus, que já vem sendo apontada em outras pesquisas há cerca de um ano.



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Pimentécio


Pimentel também está favorecido por pesquisas qualitativas, com grupos de discussão, feitas por vários institutos. Nessas pesquisas, em geral usadas para análise interna, destaca-se a imagem de bom gestor do ex-prefeito. E, detalhe instigante, os eleitores acham que ele representa uma opção de continuidade do governo Aécio. Essa associação de Pimentel a Aécio pelo eleitor tem sido, inclusive, motivo de preocupação no Palácio da Liberdade.


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Vai depender


O jogo está andando no PT para Fernando Pimentel: hoje, ele é o nome mais provável para candidato do partido ao governo de Minas. Isso se o PT tiver um candidato. Ou melhor, se o presidente Lula não baixar uma ordem aos petistas mineiros de apoio a Hélio Costa, em reciprocidade à adesão do PMDB ao palanque da presidencial Dilma Rousseff.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Reginaldo Lopes presidente!

PED 2009 – Reginaldo Lopes é reeleito presidente do PT mineiro





Data: 11/12/2009 - 11/12/2009



Atualizado às 20h50


Branco Di Fátima




A Comissão Estadual de Organização Eleitoral (COE-MG) acaba de divulgar o resultado do PED 2009. O deputado federal, Reginaldo Lopes, foi reeleito no segundo turno com 52,4% (22.910) dos votos válidos. O segundo colocado, Gleber Naime, ficou com 47,6% (20.840).

Aproximadamente 44.480 eleitores foram às urnas no último domingo, dia 6. Ainda foram registrados 340 votos em branco e 392 nulos. Cerca de 550 municípios participaram do processo no segundo turno em Minas.

O processo de apuração do segundo turno foi acompanhado pelo coordenador nacional do PED e secretário de Organização do PT, Paulo Frateschi.

Apesar de finalizado o processo de apuração, ainda faltam ser julgados até o próximo dia 16, pela Executiva Estadual do PT de Minas, alguns recursos apresentados pelos candidatos. Os presidenciáveis podem recorrer, até o dia 21 deste mês, ao Diretório Nacional.

O Partido dos Trabalhadores é a única legenda brasileira que escolhe, através do voto direto dos filiados, a direção partidária para todos os níveis.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Impasse pode paralizar Copenhague.

Clima

Vazamento de documentos sobre a conferência de Copenhague revela divergências entre países ricos e emergentes

Publicada em 09/12/2009 às 08h32m

Deborah Berlinck e Roberta Jansen, enviadas especiais

COPENHAGUE - Um racha Norte-Sul, entre países ricos e em desenvolvimento, se instalou ontem, no segundo dia da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), em Copenhague, pondo em risco o sucesso de uma reunião que já começou cheia de desacordos. Dois documentos vazados ontem na cúpula - um escrito pela Dinamarca, em nome de um grupo de países ricos; e outro elaborado por China, Brasil, Índia e África do Sul - mostram duas visões radicalmente opostas: um enterra o Protocolo de Kioto, divide os países pobres e enfraquece o papel da ONU; enquanto o outro insiste que só será possível um acordo em Copenhague com base em Kioto e na Convenção do Clima, de 1992.

Minc: Brasil só conseguirá cumprir as metas com recurso externo

O vazamento dos dois textos no mesmo dia revela a disposição dos dois blocos de travar uma guerra de informação por meio da imprensa e das ONGs como mecanismo de pressão. O documento dinamarquês, divulgado pelo jornal inglês "The Guardian", privilegia os ricos, ao levar os países em desenvolvimento a assumirem metas de redução de emissões de gases do efeito estufa que não são previstos pela Convenção do Clima e Kioto.

Leia mais: Conheça o especial 'Planeta em perigo'

- Tanto quanto pude examiná-lo, há muitas lacunas. Não é suficientemente incisivo (o texto) no financiamento e é exigente na mitigação - disse o embaixador extraordinário para Mudanças Climáticas no Brasil, Sergio Serra, sobre o texto dinamarquês.

Já o diretor do grupo do G-77 - que reúne os países em desenvolvimento - Lumumba Stanislaus Di-Aping, foi menos diplomático:

- O mais grave do texto dinamarquês é que ele destrói a Convenção.

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O mais grave do texto dinamarquês é que ele destrói a Convenção
"
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Nações pobres preparam uma terceira proposta

A batalha de esboços começou na semana passada, quando o governo dinamarquês - que quer, a qualquer preço, que Copenhague dê certo - apresentou um texto a um grupo de países, entre eles o Brasil.

- Houve uma discussão intensa - contou Serra. - O entendimento, na ocasião, foi que o documento estava atropelando as negociações.

Obama usará saúde pública como recurso para controlar emissões

A reação foi tão grande que, segundo Serra, os dinamarqueses resolveram retirar o documento de circulação. Mas o estrago já estava feito. Em reação ao movimento dos países ricos, China, Brasil, Índia e África do Sul apresentaram um outro texto, obtido pelo GLOBO, que apresenta uma visão oposta. O texto, de nove páginas, reafirma o Protocolo de Kioto, ampliando as metas de redução de emissões dos países ricos depois de 2012, cria um Fundo Global do Clima e um mecanismo para transferência de tecnologia pelos países ricos. O texto reafirma o que foi definido na reunião de Bali, há dois anos, que os países em desenvolvimento devem ter metas voluntárias de redução da curva de crescimento de suas emissões.

- O documento coloca uma outra visão na mesa - constatou Serra. - Devo dizer que ele foi preparado quando já se sabia do outro texto. É um contraponto.

Para Serra, nenhum dos dois documentos - tanto o dos emergentes quanto o dos ricos - vai sair vitorioso:

- Aposto num documento (de um possível acordo) que emane das negociações em curso, que seja ambicioso, mas equilibrado.

Os chineses esnobaram o texto da Dinamarca. O chefe das negociações da China, Su Wei, criticou as propostas da UE e dos EUA. Segundo ele, o que os ricos estão oferecendo, se fosse dividido por cada cidadão do mundo, daria US$ 2 per capita:

- Com US$ 2, eu não compro nem um café na Dinamarca.

Artur Runge-Metzger, coordenador-chefe da Comissão Europeia, cobrou da China metas mais significativas de redução. Entre os países em desenvolvimento, já surgem também sinais de divisão. Um terceiro rascunho de documento vazado ontem foi elaborado pelo grupo de países mais vulneráveis às mudanças climáticas, como as nações insulares do Oceano Pacífico. Para Lumumba, a iniciativa dos países insulares é compreensível, mas não configura um racha na posição do G-77, que, segundo ele, ficará unido até o fim.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

homenagens aos Atleticanos e Palmereinses

Sobe aprovação de Lula

CNI/Ibope: avaliação do governo Lula sobe para 72%


Agência Estado -

Publicação: 07/12/2009 14:46 Atualização: 07/12/2009 15:56


A avaliação positiva para o governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, subiu para 72% em novembro, de 69% na sondagem de setembro. Esta é a última edição do ano da pesquisa de opinião da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Ibope sobre o desempenho da administração federal.

Segundo a pesquisa, divulgada nesta segunda, a aprovação a Lula também subiu, de 81% em setembro para 83% em novembro. A desaprovação ao presidente, por sua vez, caiu de 17% para 14% na sondagem mais recente.



Saiba mais...

CNI/Ibope: intenção de voto em Serra sobe para 38%

Decisão sobre candidato pode sair na sexta, diz Aécio

Os brasileiros ouvidos na pesquisa atribuíram ao governo a nota média 7,7, maior que a nota dada na pesquisa anterior (7,6). A confiança no presidente Lula também apresentou alta, de 76% em setembro para 78% em novembro. A pesquisa CNI/Ibope tem margem de erro de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo. No levantamento, foram ouvidas 2.002 pessoas.

domingo, 6 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Doentes mentais são trancafiados nas prisões em Minas.

Cidades

Irregular. Defensoria denuncia que 198 portadores de sofrimento mental são tratados como presos comuns

Doentes confinados em celas
Governo do Estado estuda implantação de residência terapêutica

Marina Schettini

Mesmo com a idade avançada, a auxiliar de enfermagem dedica seus domingos para visitar o neto em uma unidade prisional na região metropolitana de Belo Horizonte. Condenado por tráfico de drogas, o jovem é portador de sofrimento mental, mas não recebe nenhum tratamento por parte do governo estadual. Com os altos e baixos da doença, amigos da família contam que ele sofre com a violência dos agentes penitenciários e tem nos colegas de cela um auxílio nos momentos de crise. O caso dessa família não é único. Pelo menos outros 197 presos em Minas Gerais estão na mesma situação.

A denúncia, feita pelo coordenador de política prisional da Defensoria Pública de Minas, Fabiano Bastos, mostra que portadores de sofrimento mental acusados de crimes estão sendo tratados como criminosos comuns e não têm recebido o tratamento médico indicado, conforme manda a lei.

Vagas. Por meio de nota, a assessoria de imprensa do governo do Estado informou que há 175 presos com pedidos de encaminhamento para unidades hospitalares para tratamento psiquiátrico, mas aguardam vagas na rede hospitalar. A assessoria rebate as denúncias da defensoria e informa que os portadores de sofrimento mental cumprem pena em alas próprias, separados dos outros presos e são assistidos por uma equipe médica.

A legislação estadual segue a linha da luta antimanicomial e prevê que os acusados com diagnóstico de sofrimento mental comprovado em laudo recebam tratamento alternativo à internação. O encarceramento também não é indicado.

Segundo a Defensoria Pública, desde 2001, quando o Estado adotou a lei nº 10.216 nenhum um hospital psiquiátrico foi criado em Minas, além dos dois já existentes - em Juiz de Fora e Barbacena. O problema, segundo a defensoria, é que parte dos portadores de sofrimento mental condenados após a implantação da lei não tem recebido o tratamento adequado através de uma rede assistencial. "A lei visa reinserção na vida familiar por meio de recursos alternativos, como em tratamentos ambulatoriais e centros de apoio. Mas sem internação", explica o defensor.

O governo do Estado informou que estuda a implantação de uma residência terapêutica, local que permitiria acomodação e acompanhamento por uma equipe multidisciplinar.

Saiba mais

- Diagnóstico. Quando o indivíduo é preso, o médico legista do Estado aplica o "exame de incidente de sanidade mental" e o juiz aplica a sentença de acordo com o diagnóstico. Além dos diagnosticados antes da prisão, há também os que adoecem na cadeia.

- Tratamento. Por lei, o Estado está proibido de internar detentos em manicômios judiciais, mas é obrigado a oferecer tratamentos alternativos, como casas de apoio ou leitos psiquiátricos em hospitais gerais.

- O Estado. Minas Gerais tem hoje cerca de 35 mil detentos. Números da defensoria pública apontam que 198 apresentam sofrimento mental.


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Apoio

Programa atende 260 pacientes
Desde 2001, Minas Gerais conta com o Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental (PAI-PJ), do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que realiza acompanhamento do portador de sofrimento mental acusado de cometer algum crime – quando determinado pelo juiz. O programa atende hoje 260 pacientes – a maioria de não detentos –, mas 700 pessoas já passaram pelo programa.

“Visamos reinserir esses pacientes na sociedade. Temos pessoal suficiente para atender os casos designados pelos juízes, mas, para atender os apenados, precisaríamos de mais gente”, afirma a coordenadora clínica do programa, Romina Magalhães Gomes, que tem 30 profissionais.

“É uma situação muito humilhante porque eles (portadores) são hostilizados já que fazem suas necessidades fisiológicas na cama. Os presos os agridem porque não estão preparados para conviver com eles”, afirma a presidente da Associação de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade, Maria Tereza dos Santos. (MS)
Publicado em: 02/12/2009