sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Energia será tema importante em 2010.

Propostas para o setor energético serão tema inevitável na disputa presidencial entre PT e PSDB

Uma eleição movida a energia

Riscos de apagão, poluição e pré-sal estarão em discursos de tucanos e petistas
Brasília. Os desafios do setor energético e a política brasileira para o setor serão temas obrigatórios no debate da sucessão presidencial do ano que vem, tanto pelo ponto de vista econômico quanto pelo ambiental. Em pauta, estarão os riscos do apagão no sistema elétrico, as propostas de uso de fontes renováveis e a regulamentação da exploração das reservas de petróleo do pré-sal.

Se a necessidade de expandir a oferta de energia com os devidos cuidados para reduzir as emissões de gás carbônico já seria parte do programa de qualquer candidato a chefe de Estado no planeta, na eleição brasileira, há ainda outros elementos que fazem crescer o peso na campanha presidencial.

É preciso lembrar, por exemplo, que a provável candidata do governo à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), foi ministra de Minas e Energia no primeiro mandato, e, ainda hoje, exerce importante influência no setor. Ela participou ativamente da elaboração dos projetos que traçam o marco regulatório do pré-sal e, na condição de gerente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), acompanha de perto a condução das principais obras do setor energético.

Apagão. Os governistas pretendem fazer uma campanha cheia de comparações entre as gestões petista e a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Uma das lembranças certamente será o racionamento de 2001. Mas, se por um lado, no governo Lula não houve racionamento, houve blecaute e a oposição ensaia o discurso de que a oferta de energia cresceu baseada em uma geração mais "suja" e cara.

"Eles (tucanos) tiveram blecaute em 1999 e apagão de um ano com o racionamento de 2001, que comprometeu o crescimento da economia. Esse risco agora está afastado. Nós não teremos mais racionamento", disse o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP).
O deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB-ES), presidente do Instituto Teotonio Vilela, pondera que a energia nova que entrou para o sistema no governo Lula vem, em maior parte, de usinas termoelétricas, mais cara e poluente.
"Quase toda a energia nova do período atual veio de termoelétricas, com combustíveis fósseis", diz.
O parlamentar relatou não saber qual será a estratégia tucana no debate energético-eleitoral, mas afirmou que, pessoalmente, acha "um horror" a política do governo para o setor.
"Energia suja e cara, problemas na segurança do abastecimento... não mexeram uma vírgula na regionalização e nas fontes alternativas’, declarou Vellozo.

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